4.2.20

I'm an internet street artist.

Ser o que sou

Silêncio e diversão

Ataraxia


27/11/2018

3.2.20

Caçando cyborgs
Na roda de funk
Bebida barata
Vazio delirante
Sou névoa, fumaça
Entre as anjas da noite

Diego Marcell

17/11/19
            Tem dias que você morre, que tudo dá errado em maior nível, que a esperança só se for um veneno, que toda tentativa de pensar “certo” não passou de uma prisão aceita, condicionada que de repente você percebe, você vê a ferrugem na grade.
            Tem dias que você desanima, que perde as forças (que já não são muitas), que mesmo aceitando o erro traçado não vê expectativa em si, não acha mais bonito sofrer, não vê qualquer razão na mediocridade, motivo para estar consciente já que é obrigado a ver certas pessoas e ouvir certas músicas e discursos que não valem o excremento da sua insignificância.
            Como é difícil ser Diógenes e jogar fora até o prato de esmolas, se contentar consigo se já não se pode ser quem se é, se pra atirar em Deus não basta uma funda, mas é preciso recorrer a um sistema que te anula.
            No fim, no fundo do poço, aqueles que estão em cima ainda exigem adulação para cessarem a cusparada, querem ser louvados sem merecer por quem é pisoteado sem necessidade. Eis o pão que o diabo amassou, a receita de um Deus de mau humor, se não há justiça para a carne, a alma não tem onde repousar a cabeça e textos de redes sociais continuam a ser uma bobagem que não enche barriga.

Diego Marcell

25/09/19