14.2.18

Os happenings (nota introdutória)




            Creio que o fato de a grande maioria das performances que escrevi até aqui serem happenings se dá pelo meu interesse em dar mais vazão ao acaso, ou até do acaso controlado, fazer da proposição o laboratório de sensibilidades, testar vivências imersivas em elementos extraídos de mim. Compartilhar e aderir.
            Ficcionar um momento para dar realidade à ficção. O diálogo nascido nas experiências de ficção audiovisual alterando de acordo com o propósito, sua permissividade tanto discursiva quanto sensitiva, mas sob um mesmo propósito, uma mesma vontade, e um similar caminho.
            Para a ampliação sensível ao acaso da experiência do acontecimento, fui dando ao vídeo agilidade como guia da ficção, para depois inseri-lo na proposição como propositor.
            Houveram então os momentos de proposições públicas com vídeo, proposições desordenadas, com pouquíssimos elementos compartilhados entre os atores.
            Mas as grandes influências para o happening vieram primeiramente pelo teatro e depois pelas artes visuais, o que transformaria o acontecimento em si em evento ou espetáculo.

Diego Marcell
28/12/17
/happening

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