Um debilitado que ingere remédios
Ante a força desses ossos
Uma cabeça que pensa labirintos e
caça Minotauros
Mas que apanha para o rato do velho
computador
Troca de drogas pratica seus
esportes
Sofre a flecha das hipocrisias da
dubiedade alheia
Inerte
Que escudo sobrou a nós?
Indivíduos sem gang ideológica
Onde até a liberdade eles tentam
taxar de forma insana
Para onde correremos, seres livres
e libertos?
Se nas esquinas tropeçamos na pedra
que nos arremessam
Madalena pode ser a nova Eva
E Jesus o novo Adão
Mas os fariseus agora vestem o boné
do MST
E a língua portuguesa virou um
antro de covardia
Como amaremos meus libertários?
Se quem amamos nos vocifera uma ilusão
danosa
Se aqueles que pregam gratidão
expelem rancor
Se doamos amor e nos voltam
centavos de ódio
Como retornaremos ao fluxo do
universo meus deuses
E transformaremos o conhecimento em
utilidade pública?
Se o público xinga o palhaço e o
acusa de crimes
Crimes recém criados pelas
prateleiras estatais
Para alimentar covardes pela
rigidez passiva
De se manter a moral do Estado
E eis que a corrupção dos
profissionais é só espelho
Das corruptas almas humanas
Que não aceitam a diferença
inominável
Porque lhes fere
A chance de acaso
Assusta-lhes e o medo os toma
Quando o inclassificável se
manifesta e cria
Logo o monstro se forma e vai tirar
o sono
De quem não admite a insignificância
diante do infinito
Porque seu sentir é tão umbigo é
tão rabo
Que as guerras horizontais são para
estes demasiado pesadas
Assim arranha o animal assustado
Morde o amedrontado
E foge das delícias estratégicas
Porque a vida se tornou apenas um
papel mal interpretado
Na novela do horário nobre.
Diego Marcell
9/3/18
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